FIQUE LIGADO



Resposta: A Bíblia nunca menciona especificamente a masturbação ou afirma se a masturbação é ou não pecado. Entretanto, não há dúvidas de que na grande maioria das situações as ações que levam à masturbação são pecaminosas. A masturbação é, quase sempre, o resultado final de pensamentos sensuais, estimulação erótica e/ou imagens pornográficas. São com estes problemas que devemos lidar. Se abandonarmos e vencermos os pecados de luxúria e pornografia, o problema da masturbação vai se tornar algo de mínima importância.

A Bíblia nos alerta para que evitemos até a aparência de imoralidade sexual (Efésios 5:3). Não vejo como a masturbação possa passar neste teste específico. Às vezes, um bom teste para saber se algo é ou não pecado consiste em verificar se você ficaria orgulhoso de contar aos outros o que acabou de fazer. Se for algo do qual ficaria sem graça ou envergonhado se os outros descobrissem, muito provavelmente é pecado. Um outro bom teste é determinar se podemos, honestamente e de consciência limpa, pedir que Deus abençoe e use esta atividade em particular para Seus bons propósitos. Não creio que a masturbação esteja na categoria das coisas que possamos ter “orgulho” ou genuinamente agradecer a Deus.

A Bíblia nos ensina: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (I Coríntios 10:31). Se há lugar para dúvida quanto a algo agradar ou não a Deus, então é melhor abandonar tal prática. Definitivamente, em relação à masturbação, há lugar para a dúvida. “Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” (Romanos 14:23). Não vejo como, de acordo com a Bíblia, a masturbação possa ser considerada como algo que glorifique a Deus. Indo mais além, devemos nos lembrar de que nossos corpos, assim como nossas almas, foram redimidos e pertencem a Deus. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Coríntios 6: 19-20). Esta grande verdade deve pesar em relação ao que fazemos e até onde chegamos no que diz respeito a nosso corpo. Então, à luz destes princípios, definitivamente, devo dizer que a masturbação, de acordo com a Bíblia, é pecado. Não creio que a masturbação agrade a Deus, que evite a aparência de imoralidade ou passe no teste de Deus sendo proprietário de nossos corpos.

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Os sacerdotes usam uma roupa de linho sobre a parte de cima da túnica, talvez para mantê-la limpa, chamada estola (1 Sm 2.18,19).

O sumo sacerdote usava roupas especiais, mas continuava seguindo a provisão básica. A túnica era azul, a estola ricamente bordada, e havia nesta uma espécie de bolsa incrustada de jóias contendo dois discos para determinar a vontade de Deus, ao serem lançadas sortes.

A capa era branca. Ele usava um turbante especial na cabeça.


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Há um tempo tenho orado por um tempo novo, uma visitação de Deus diferente, um caminho nunca andado, e tenho buscado isso em tudo que faço. Deus tem se feito presente em todos os momentos da minha vida e isso já é algo impagável, mas sabe quando se precisa buscar novos ares? Tenho feito desses dias, uma busca incessante para que tudo aquilo que eu faça daqui pra frente, venha de Deus e seja pra Ele. Confesso estar cansado de coisas velhas!

Em Mt 9:16-17 diz: “Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura. Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.”

Só se recebe algo novo, quando se deixa o velho pra trás! É engraçado como as experiências antigas, marcas do passado muitas vezes nos prendem naquilo que foi trazido com elas, e nos impedem de recebermos algo novo de Deus e isso se aplica a todas as áreas da nossa vida.

Mas é preciso saber viver! E viver algo novo precisa de um esforço para entregar o velho. Muitas vezes sair da zona de conforto e praticar a verdade. E Jesus é a verdade, a novidade e se alguém está nEle, é NOVA criatura, as coisas antigas já passaram e TUDO se fez novo.

Mas por que insistimos em viver do jeito velho, mesmo estando em Cristo? Quando se fala em algo novo, o que permeia a entrega, é o medo. Medo de enfrentar o novo, porque as vezes é ruim, é chato, é incerto, dói, faz a gente sair da zona de conforto, e tudo que traz mudança, pode gerar desconforto, porém o caminho novo, nos leva pra mais perto de Deus, mais perto da vontade dEle pra nós, e nos faz crescer e viver para aquilo que fomos feitos.

Tenho visto nesses anos que o comodismo de certa forma tem se tornado um pecado coletivo da igreja atual e o diabo tem investido em acomodar os crentes para que não vivam a novidade em Jesus! É muito sério isso. As vezes nos apegamos a falsos ídolos, que nos fazem perder tempo em discussões inúteis ao invés de viver a simplicidade do evangelho.

Chegou o TEMPO DE VIVER COISAS NOVAS EM DEUS! Chegou o tempo de deixar a religiosidade pra trás, e viver a vontade de Deus.

“E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Ap 21:5

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ADORAÇÃO OU DIVERSÃO?

A Ti, ó Deus, fiel e bom Senhor,
Eterno Pai, supremo Benfeitor,
Nós, os Teus servos, vimos dar louvor,
Aleluia! Aleluia!
A Ti, Deus trino, poderoso Deus,
Que estás presente, sempre junto aos Teus,
A ministrar as bênçãos lá dos céus,
Aleluia! Aleluia!


Henry Maxwell Wright (1849-1931)
O Dr. Warren Wiersbe, no livro de sua autoria "Adoração Verdadeira" (Real Worship), observou que depois da metade do século passado algumas mudanças sutis aconteceram nas igrejas: o templo se tornou um teatro, o ministério se tornou um espectáculo, a adoração se transformou em diversão e o aplauso agora é medida de sucesso. 

Para resumir, a adoração pública atual não é levada mais a sério pela maioria do povo de Deus. Ela se tornou um tempo de brincadeira leviana muito irreverente.

Estas mudanças não são boas! Pelo contrário! São evidências de uma caída vertiginosa e contínua dos padrões bíblicos! Um emudecer da verdade – mudando a verdade de Deus em mentira! Os crentes devem ter como objetivo principal o agradar e glorificar a Deus, mas muitos, hoje em dia, abraçaram os objetivos humanistas da auto-gratificação e prazer. 

Um culto "de adoração" bem sucedido é hoje comumente aquele em que seus participantes se sentem bem. Os que assistem também têm que se sentir à vontade, têm que ser entretidos (divertidos). Mas num verdadeiro culto espiritual, o desejo do coração do adorador é cumprido quando é Deus a quem Se agrada! E este deve ser nosso desejo e objetivo.

Com isto em mente, vamos notar algumas mudanças que estão destruindo os próprios alicerces da adoração pública.

DE TEMPLO A TEATRO
Uma mudança notável que aconteceu nos recentes anos tem a ver com a percepção geral de muita gente em relação ao templo em si. Sabemos que Deus não habita em edifícios feitos por homens – e sabemos também que o povo de Deus pode adorar em qualquer lugar se o espírito deles estiver de acordo com o Espírito Santo de Deus. 

Podemos adorar entre as quatro paredes de um templo, ou de uma casa ou de um hospital. Podemos adorar enquanto dirigimos o carro, ou sentados num avião ou dentro de um elevador. Às vezes adoramos em cultos ao ar livre. Não é o lugar que santifica o Senhor, é o Senhor quem santifica o lugar.

Por outro lado, a igreja do Senhor é um assembléia – e uma assembléia se reúne num lugar específico. Após as primeiras décadas da morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus, os crentes não tinham permissão de construir templos, por isso se reuniram principalmente nas casas ou espaços públicos disponíveis. Após o edito de Milão em 313 d. C., os crentes no império romano receberam a liberdade de adorar e de construir seus próprios templos de adoração.
O assunto que estamos tratando não é se estes edifícios são bons ou maus. Contudo, antigamente, era comum para um edifício que ia servir de igreja ter uma consagração distinta. Os prédios eram consagrados para o serviço e adoração de Deus. O prédio era uma "expressão" de adoração.

Mas, hoje em dia, muitas igrejas já se tornaram lugares onde se pode mostrar os talentos que tem e gloriar-se neles, em vez de usar os talentos para glorificar o nosso Deus que trouxe a salvação ao pecador. 

Tememos que, na maioria dos casos, o foco esteja perdido, de maneira que saboreamos as coisas do mundo mais do que as de Deus. O foco da adoração deve ser nosso Deus e Salvador e não as pessoas que ficam à frente para cantar, tocar instrumento, pregar ou fazer qualquer outra coisa. O templo da igreja não é um teatro onde alguém faz um papel para chamar a atenção sobre si mesmo. É um lugar consagrado ao Senhor onde podemos dar toda a glória a Ele.

DE ADORADORES À PLATÉIA

Outra mudança é em como são vistos os "adoradores".
Esta é uma mudança sutil – e sem dúvida, há quem negue haver uma distinção real entre congregação e platéia. Talvez seja só uma opinião do autor. A congregação se ajunta tendo como centro do culto o Senhor Jesus Cristo e Sua Palavra. A platéia se reúne para ver e ouvir um espetáculo. Admitimos que a adoração da congregação geralmente é acompanhada do ouvir e ver – mas não é este o caso da platéia que se reúne especificamente para este propósito e fim. A platéia se satisfaz nos atos físicos de ver e ouvir. A congregação de adoradores se satisfaz na contemplação espiritual d’Aquele que é invisível e de ouvir Sua voz no coração. Estar numa platéia exige só que a pessoa vá à reunião, mas, a fim de ser adorador verdadeiro na congregação é exigido uma preparação espiritual anterior.
É claro que Deus Se reserva à prerrogativa de separar os verdadeiros adoradores daqueles que são simplesmente religiosos, mas uma observação pessoal parece indicar que uma pessoa meramente religiosa "irá à igreja", ao passo que o adorador desejará entrar na manifesta presença de Deus, na igreja. Existe diferença!

DE ADORAÇÃO A ENTRETENIMENTO (DIVERSÃO)
Uma terceira mundança ocorrida é aquela que transforma a adoração em diversão ou entretenimento.
A verdadeira adoração se centraliza em Deus. Na adoração, as almas se curvam maravilhadas e em contemplação de amor diante de Deus. Adoramos o Senhor Deus porque a graça nos ensinou que só Ele é digno – não porque nós vamos "ganhar" algo com ela.
Por outro lado, a diversão se centraliza no homem e agrada à carne. Se deixarmos de "ganhar algo" com a diversão (entretenimento), reclamamos, ou mudamos de estação, ou pedimos o dinheiro de volta. É por isso que algumas pessoas estão sempre mudando de igreja – estão à procura do excitamento ilusório da diversão. Não aguentam a sã doutrina, por isso preferem diversão à exortação.
E parece que isto está dando certo! É por esta razão que muitas igrejas crescem "muito rapidamente", simplesmente ao dar ao povo o que ele quer. Se pedem a música contemporânea, então dê a eles. Se pedem um comediante em vez de um pastor, assim seja. Se querem dança e drama, tudo bem. Se querem concertos de "rock", quem somos nós para nos opor? Talvez alguém seja salvo, enquanto ouve cânticos que podem deixar todo mundo surdo.
Esta é a filosofia de hoje. É tudo muito pragmático: o fim justifica os meios! Se funcionar, então tem que estar certo. E, com certeza, parece funcionar, caso após caso. As pessoas querem se divertir e se lhes dermos diversão (entretenimento), virão. Porque tem o que o povo quer.
Tantas igrejas hoje fazem seus cultos centralizados na diversão ou entretenimento. Podem até chamar de "adoração", mas o significado mudou. O canto tem como objetivo agradar a carne. O pastor é um "arista" que permeia seu sermão "algodão doce" com estórias, piadas e riso, tendo o cuidado de não ofender os ouvintes. Há pouca oportunidade para uma meditação séria ou adoração real.

DE MINISTÉRIO A ESPETÁCULO
O Apóstolo Paulo disse: "E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque teve por fiel, pondo-me no ministério". 1 Timóteo 1:12. Ele se regozijou em ser ministro de Deus. Duvido que haja qualquer chamado na terra tão elevado e importante quanto o do ministrar o Evangelho. 

Os ministros de Deus são retratados na Bíblia como mensageiros e arautos do Rei, como cooperadores de Deus, como pastores do rebanho, como servos fiéis e mordomos dos mistérios divinos, como embaixadores que rogam aos homens que se reconciliem com Deus. Os ministros de Deus nunca são chamados de artistas. De fato, uma das palavras que talvez descreva mais de perto um artista religioso é a palavra "hipócrita". O hipócrita (de acordo com o Dicionário Expositório de Vine) é um ator no palco.
Mas os "ministros" de nossos dias, muitas vezes parecem se envergonhar do seu chamado. Não estão dispostos a sofrer vergonha por amor de Cristo; eles deixam de lado o vitupério de Cristo, a fim de ganharem a aprovação dos homens. 

Em vez de pregarem Cristo e a cruz, exibem seus próprios talentos, credencais humanos, realizações carnais, carisma, eloquência e sabedoria. Procuram impressionar os homens com seus espetáculos. Tem pouco desejo de se mostrarem aprovados a Deus. Só ligam para o aplauso da platéia. Como resultado, temos hoje fãs clubes religiosos de pastores, cantores e outros artistas religiosos.
Juntamente com este pensamento, notamos que algumas igrejas de Deus adotaram o hábito mundano de bater palmas. Eles aplaudem cantores, aplaudem pedindo bis, gritam e vaiam como fanáticos de concerto de rock. Aplaudem quando o pregador diz algo de que se agradam e reagem com satisfação diante de qualquer outra exibição humana de habilidades religiosas.
Considera-se isto como o alívio desejado das formalidades mortas que geralmente caracterizavam nossos cultos, segundo eles. Vê-se tudo como algo natural – uma expressão espontânea de adoração. Infelizmente, o bater palmas raramente expressa adoração a Deus – é mais uma adaptação da sociedade de auto-admiração do mundo. 

Uma avaliação honesta mostraria que o ponto central é atenção demais dada ao servo e não ao Mestre. É de admirar que nossa adoração se transforme em espetáculo?
Para encerrar, quero dizer que a riqueza da nossa adoração é uma boa indicação da riqueza da nossa fé. É triste dizer, que por este padrão, nossa fé é patética – neste momento o nome Icabô está sendo escrito sobre nossas portas, porque a glória de Deus se foi. Que Deus dê a cada um de Seus filhos um espírito de graça e súplica para clamarmos por reavivamento.

Extraído de: A música na adoração - Capítulo 11- Mudanças na Adoração Pública - Pr Scott Guiley
Tradução: David Zuhars (Pastor da Igreja Batista em Newby, Richmond, KY, EUA)

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MÚSICA NO CULTO OU CULTO Á MÚSICA?

Artigo publicado no jornal Mensageiro da Paz, em junho de 1994, de autoria do saudoso Pr. Valdir Nunes Bícego.

O texto bíblico de Daniel 3.1-15 nos ensina que a “religião de Nabucodonosor” era caracterizada não somente pela adoração à imagem por ele erigida, mas também, e principalmente, pela exagerada utilização dos mais variados instrumentos musicais daquela época, o que induzia as multidões a prestar culto àquele deus pagão. Não havia prédica ou mensagem, mas somente o sonido dos instrumentos. Era a musicolatria, ou seja, a adoração à música. O valor que davam à música era tão grande que, de certo modo, superava até mesmo a adoração à imagem.


Pelo texto acima entendemos que somente havia adoração se primeiramente houvesse música. Valorizavam mais a música que sua adoração. 

Era um culto somente externo, emocional, com sonidos musicais nos seus ouvidos, porém, sem qualquer conteúdo espiritual para alimentação e regozijo de suas almas, que continuavam vazias, desprovidas das realidades e convicções eternas.


Embora milênios tenham-se passado, verificamos hoje, com muita tristeza e sem nos conformarmos que, com poucas exceções, o mesmo espírito que prevalecia naquelas reuniões tem invadido uma parte considerável de nossas igrejas. 

Em seus cultos a Deus, há preocupação demasiada com o louvor que, praticamente, ocupa quase todo o tempo da reunião, em detrimento das oportunidades para testemunhos das bênçãos recebidas, manifestação dos dons espirituais e tempo suficiente para a exposição da Palavra de Deus, pela qual a fé é gerada nos corações (Rm 10.17).


Tal atitude tem privado o auditório do mais importante do culto, que é a manifestação do sobrenatural de Deus na reunião. É a “religião de Nabucodonosor” infiltrada disfarçadamente em nosso meio.
Não há dúvidas de que o louvor tem um valor importantíssimo nas reuniões quando é feito na hora e tempo certos. Porém, quando é feito de modo exagerado, prejudica o culto.

É muito comum, em algumas igrejas, o louvor tomar quase todo o horário do culto, restando, conseqüentemente, pouco espaço para a pregação da Palavra, que, às vezes, nem pregação é, mas somente um preenchimento formal do tempo, com uma palavra sem nenhuma inspiração. Assim, o povo sai das reuniões mal alimentado espiritualmente, tornando-se, portanto, uma presa fácil para Satanás. 

Ou então, a Palavra é exposta muito tempo após o início da reunião, quando o povo já está com sua mente cansada, sem condições de absorver a mensagem. Quem são os culpados? Os líderes. Eu vejo, entre outras razões, duas pelas quais alguns pastores conduzem ou permitem que o culto seja conduzido desta maneira:


1) Não oraram, nem meditaram na Palavra e, conseqüentemente, não receberam a mensagem para transmitir ao povo (às vezes, não possuem a humildade de reconhecer este fato e conceder a palavra a quem tenha algo de Deus para falar à igreja para sua edificação).


Conforme Mateus 24.25, o obreiro tem a obrigação de buscar a Deus a fim de receber alimento espiritual para dar ao povo. Quando isso ocorre, ele sente tão grande responsabilidade diante de Deus, que dirige o culto com o seu coração quase “explodindo” ou “fervendo” (Sl 45.1), mal esperando o momento de entregar o que recebeu do Senhor (1 Co 11.23) e, assim, não abrirá mão do tempo reservado para a Palavra. Aleluia!


2) Perderam a autoridade espiritual, as “rédeas” do culto, etc. São influenciados por pessoas, algumas consideradas “ilustres” e, como querem agradar a todos e a alguns, até com receio de perderem sua posição, deixam ou permitem que o culto siga sem o seu objetivo principal, que é o de alcançar as almas perdidas. Procedendo assim, acabam sendo dirigidos e não dirigentes dos cultos. Que tristeza!

Culto racional

De acordo com 1 Coríntios 14.26, os nossos cultos devem ter cinco coisas importantes: louvor, mensagem, revelação, língua e interpretação. O louvor, portanto, deve ocupar parte do culto, e não todo o culto. É somente a parte introdutória do culto. Quando Israel caminhava pelo deserto, a tribo de Judá ia na frente, e os músicos atrás (Sl 68.25).


“Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios com hinos”, Sl 100.4. “Apresentai-vos ao Senhor com canto”, Sl 100.2. “As tuas portas chamarás louvor”, Is 60.18. O louvor abre a porta e, uma vez aberta, as demais coisas devem fazer parte do culto.


Como resultado negativo desta ênfase que vem sendo dada ao louvor, podemos mencionar, entre outros:
1) Estamos formando um grande contingente de cantores e músicos e, com poucas exceções, de ganhadores de almas, que é a missão de todos os crentes. A maioria das pessoas envolvidas na área do louvor pensa que seu trabalho na Casa do Senhor é somente cantar e tocar; daí a razão de se preocuparem somente com ensaios, programas, festividades, etc. 

Alguns há que, depois de participarem do louvor, retiram-se do recinto do culto, como se já tivessem feito a sua parte na reunião. Há outros que só estão na igreja porque gostam de cantar e tocar; é provável que, se um dia não houver nada disso, ou estiverem impossibilitados de participar do louvor, venham a se retirar. 

Alguns obreiros alegam que dão grande ênfase à parte do louvor para “segurar” alguns na igreja, principalmente os jovens, o que é um engano total. O que “segura” uma pessoa na igreja é a comunhão com Deus, o desejo de adorá-lo e de alimentar-se espiritualmente para firmeza na fé e robustecimento do espírito.


2) Como nossa igreja não possui um órgão oficial de censura doutrinária e rítmica para letras e músicas de hinos, estamos observando uma avalanche de músicas profanas recheadas de palavras evangélicas.

Algumas destas músicas foram compostas por descrentes visando paixão carnal por outra pessoa; outras são temas de filmes. Isto sem falar dos ritmos avançados, em nada ficando a dever para o samba, o rock, o baião, etc., os quais somente promovem o balanço do corpo, e não o quebrantamento do coração. 

Influenciados, muitas vezes, por este espírito mundano, alguns hinos são compostos por pessoas sem temor de Deus, alguns até desviados, visando apenas lucro. O mercado musical evangélico de hoje, devido à referida ênfase, tem-se tornado tão grande que supera a muitos outros seculares, o que gera a composição de hinos somente com fins lucrativos, sem preocupações com a qualidade técnica e espiritual dos mesmos.


3) Em alguns lugares, o volume do som para o microfone, play-back e instrumentos musicais é tão alto que chega a ferir os tímpanos. De acordo com especialistas no assunto, o ouvido humano não suporta mais que 80 decibéis.

Acima disto, os tímpanos poderão ser afetados para sempre, prejudicando a audição: senhoras gestantes poderão ter seus filhos afetados, sujeitos a nascerem com problemas. Isto sem falar no incômodo que causam à vizinhança da igreja, havendo lugares em que as autoridades necessitam intervir para diminuir o ruído exagerado.
Apelo às lideranças

O louvor, seja através dos cânticos ou da música, é uma bênção na igreja quando inspirado por Deus e executado no momento e tempo certos.

A igreja não pode perder de vista a sua missão principal na terra, que é a de levar almas para Cristo. 

Às vezes eu me coloco no lugar de um pecador que adentra algumas destas reuniões em que ficam o tempo todo cantando e tocando. Imagino como deve ser difícil para ele suportar quase duas horas de cânticos, alguns sem nenhuma inspiração, outros até com ritmos mundanos, sem ouvir qualquer mensagem de Deus pela Palavra. 

Ou então, quando ouve, já se gastou tanto tempo com outras coisas que não tem condição de absorvê-la. É bem possível que na hora do apelo ele não se decida e talvez não volte mais para aquela igreja, uma vez que encontrará em muitos lugares do mundo reuniões não muito diferentes das ali promovidas.


Talvez seja esta uma das razões porque a nossa igreja está obtendo hoje uma pequena taxa média de crescimento anual da ordem de 5%, quando em décadas passadas, chegamos a atingir 23%.


Se quisermos atingir um dos objetivos da Década da Colheita, que é ganhar 50 milhões de almas para Cristo até o ano 2000, precisamos crescer 26% ao ano. Por que crescíamos tanto no passado? Uma das razões era o sobrenatural de Deus operando nas reuniões através de testemunhos legítimos, manifestação dos dons espirituais e momento e tempo certo para a exposição da Palavra de Deus.


Não quero que ninguém interprete que sou inimigo de louvores no culto. Não, de modo nenhum. Sou profundo admirador dos louvores, seja por coral, banda, orquestra, conjuntos, hinos avulsos, etc., desde que sejam realizados no momento e no tempo apropriado das reuniões.


Queira Deus que esta mensagem de advertência alcance todos os leitores, principalmente as lideranças de nossas igrejas, a fim de que possamos redirecionar a programação de nossos cultos conforme o texto de 1 Coríntios 14.26, já comentado acima, e, assim, alcançar o nosso objetivo principal, que são as almas para Cristo.”

Valdir Nunes Bícego

Publicado anteriormente no Blog do Ciro

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A DEMUSICALIZAÇÃO DA IGREJA.

As pessoas estão cantando em uníssono e nem sabem que existem outras possibilidades


Me lembro muito bem. Eu era bem pequena quando a minha mãe me ensinou como eu poderia cantar as músicas, seguindo um hinário com partituras. Foi simples: “Você começa no número um e vai em frente; quando acabar a linha, você vai para o número um da outra linha e assim por diante, quando acabar todos os números uns, você começa no dois". E assim foi.

Dona Therezinha se convertera na adolescência e dava muita importância à criação dos filhos numa Igreja onde fosse ensinada a Palavra de Deus. Era (e é) uma mulher dedicada. Embora admirasse música, achava que não tinha o “dom” de ler um monte de “bolinhas”. Um dia (talvez no mesmo tempo em que eu aprendia o alfabeto), ela me ensinou três gestos que havia aprendido num seminário. Eram o dois, o três e o quatro. Bastava que eu olhasse o primeiro número que vinha na partitura (e eu também já sabia o que era uma partitura) e combinasse o meu gesto com aquele número. Sem querer, ou já querendo, eu acabara de aprender os rudimentos da regência.

Bom, mas eu ainda era pequena... o coral ensaiava. Eu corria pelos corredores, brincava de pega-pega, e as palavras entravam na minha mente: soprano, contralto, tenor, baixo, naipe... a voz de tenor do meu pai que já canta no céu há 17 anos ainda ecoa nos meus ouvidos. Quando foi que ouvi isto pela primeira vez? Acho que foi muito antes de me conhecer.

Certo dia levei uma amiga que, não acostumada a cultos, perguntou-me: “Por que aquele homem está abandonando a mão lá em cima?” Eu respondi: “Ele está dirigindo a música”. Todos olhavam pra ele e obedeciam as suas mãos. Ele não havia ensinado às pessoas daquela igreja qual seria o gesto de entrada e o de finalização. Teria se esquecido? Às vezes, no meio da canção ele fazia outro gesto e a igreja parava numa nota. Era um suspense musical logo resolvido com outro gesto que indicava que todos poderiam cantar novamente. Era mágico. Não haviam explicações explícitas, e sim códigos que se encontravam nas mãos, nas vozes, nos olhares.

Durante o culto, a voz de uma senhora servia como imã aos meus ouvidos. Um contralto excelente. Minha voz perseguia a dela. Em qualquer lugar que ela sentasse, sim eu a acharia. Sem me dar conta de que este era o segredo do “cantar em vozes”, todo culto se tornava uma viagem musical. As melodias que aquela mulher inventava, diferentes da melodia principal, soavam lindamente. Era a harmonia se apresentando a mim.

Solos, duetos, trios, conjuntos... tudo isto me era muito familiar. Era a musicalização acontecendo numa pequena igreja da periferia de São Paulo. Hoje, várias pessoas conduzem o culto (mais do que o necessário). Todas com microfone. Procuro a voz daquela senhora, um contralto.

Por favor, uma segunda voz para se juntar à minha! Não ouço. As pessoas estão cantando em uníssono e nem sabem que existem outras possibilidades.

Tento escutar a pessoa ao meu lado. Não escuto. Não escuto nem a mim mesma.

Escuto vozes ao microfone. Elas parecem entender do que fazem. Seus rostos deixam esta impressão. Será que ouvem também quando desafinam? Por que não ouço o povo? Eu ouço apenas algumas “privilegiadas vozes”.

Metade da igreja não canta. Chego a pensar se faria diferença na música se metade da igreja não estivesse ali. Não faz falta. Tanto faz a quantidade dos prestadores de culto. No final das contas o que aparece mesmo é o que está amplificado pela caixa de som. As pessoas não são conduzidas ao canto. Ao invés disto elas apenas sentem que suas vozes não pertencem ao grande grupo vocal formado para adorar ao Senhor através da música.

A equipe de louvor, erroneamente assim nomeada, acha que tem o direito de fazer sobressair a sua voz. Por que continuam insistindo em tirar o louvor que pertence ao povo? Onde está a voz do povo?

E viva a tecnologia! Ninguém precisa de hinário. Põe a letra na transparência. E assim não precisamos mais aprender onde é a primeira estrofe, a segunda estrofe... Poderíamos usar a tecnologia para acrescentar, e não só para facilitar. Deve haver um limite entre o facilitar e o emburrecer. Claro que a intensa produção musical não permite tempo para a escrita de tanta partitura. 
Então, façamos algumas transparências só com a letra, e outras com partitura. 

E quando mostrarmos apenas a letra, obedeçamos a frase poética da música. Indiquemos as partes a serem repetidas. Ou confiemos que a equipe de louvor nos dê entradas seguras. 

Hummm... agora senti saudade daquele cara que ficava lá na frente, abanando as mãos. É porque quando eu percebo que tenho que iniciar a música, esta já começou há algum tempo. Me sinto sempre atrasada. Vejo que também aqueles que estão lá na frente, muitas vezes também entram em tempos diferentes... será um cânone?

O Jô (aquele do programa) defende que “as verdadeiras mudanças acontecem com tecnologia e cultura”.

Bem-vindo data-show! Aquele aparelhinho que nos ajuda a associar imagens com as letras das músicas. Nem sempre. Todo recurso é como um tempero. Você não coloca orégano em toda a sua comida. Todas as canções precisam ser acompanhadas de imagem? Não somos capazes de imaginar? Não somos hábeis para fechar os olhos e apenas ouvir? É a poluição visual chegando... E quando o culto termina, eu vi tantas imagens que não me lembro de nenhuma em especial.

E ainda temos que nos dar por felizes quando toda a tecnologia funcionar.
E então vejo os leigos. Sentem-se perdidos. Perguntam-se porquê “deixaram” que a bateria entrasse na igreja. Pobre bateria...

Que fique a bateria, e entrem os violinos, os trompetes, as flautas, os corais, o canto afinado. Que permaneça o pop e entre o erudito. Viva a tecnologia aliada à cultura!

E assim, no processo de desmusicalização da igreja, leigos não têm argumentos e por isso vão perdendo o direito de pertencer ao grande coro que deveria se formar em todos os cultos.

Márcia Graner é bacharel em música (escolacoral@musician.org)
http://www.jpjornal.com.br/news.php?news_id=30817
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O que é adoração?




Estou certo que todos os que estão lendo esse texto já ouviram um milhão de definições diferentes de adoração. Porém, creio que é sempre bom colocar um novo foco em nossa forma de pensar para nos mantermos afiados. 

Já que estamos no início de um novo ano, talvez seja uma boa hora de reconsiderarmos o que a adoração é para nós.
No passado, meu conceito sobre adoração era totalmente centralizado em música. Adoração, para mim, era sempre a música antes da pregação ou as músicas lentas depois do "louvor". Pensava que adoração era um tempo de cantar, tocar instrumentos e erguer minhas mãos ao Senhor. 

Esse tempo gasto em Sua presença era grandioso. Não posso negar que Ele realmente habitasse nesses louvores. Porém, quando a música terminava e o período de adoração acabava, era hora de ofertar, ouvir a palavra e viver o resto da semana. 

Para a maioria de nós, a adoração tem esse espaço em nossas vidas. Se foi devido à nossas agendas cheias, hábitos formados ou falta de ensino apropriado que isso aconteceu eu não sei, mas a adoração foi compartimentada e definida como algo que não corresponde a realidade. Adoração não é apenas uma canção. 
 Não é somente dança. Não é apenas uma preparação para a pregação. Não é um mandamento. Adoração é uma resposta. O dicionário online webster oferece três grandes definições de adoração:
  1. o ato de adorar, especialmente reverentemente;
  2. considerar com grande temor e devoção;
  3. sentir um amor profundamente dedicado.
A adoração é uma resposta ao amor. Se amamos alguém, isso afeta nossos pensamentos, nossas ações, e nossos corações. Atos de adoração são uma resposta a esses efeitos. Se nós realmente adoramos reverentemente ao Senhor, isso afeta muito mais que cantarmos ou a forma com que cantamos. 

Esse amor enche nossa vida até ao ponto que em que tudo se torna uma expressão desse amor. Podemos adorar ao Senhor com músicas, em dança, ao ofertar, em como nos conduzimos nos nossos empregos, em como tratamos outras pessoas, e em como vivemos nossas vidas. 

Romanos 12:1 ensina-nos que oferecer nossos corpos como sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Deus é nosso ato espiritual de adoração. Nossa vida inteira deve ser um ato de adoração que renda louvor a Ele. E como a Palavra promete, Deus habita em meio aos louvores de Seu povo. Eu estou preparado para Deus habitar continuamente em minha vida.
Jeremiah Bowser